Agora eu vou falar a verdade: tu é tão fraca. Me provoca o tempo inteiro, mas quando eu te dou uma chance de ao menos falar comigo, me ignora ou me trata mal. Tudo isso é medo? Tenho quase certeza de que isso é puro receio. Não quer acreditar que se sente realmente atraída por mim.
Mas eu te entendo, pois eu me sinto assim também. É tão improvável, um sentimento estranho. Não é amor, sei disso. Mas é algo que queima em mim. Confesso que às vezes sonho contigo e acordo desesperado.
Já não sei mais nada, o que existe entre a gente e o modo como tu sorri e olha pra mim, mexe comigo.
Acontece.
Carta
Meu amor,
precisava escrever essas palavras pra ti. Tu precisa saber como minha vida vem sendo difícil depois que tu partiu. Eu não aguento mais as noites que durmo sozinha. Sonho contigo vindo me acordar lá pelas oito e meia da manhã, pra me fazer uma surpresa. Quando acordo da ilusão, meu coração pega fogo, me fazendo gritar de dor por tu não estar comigo. Tu ainda está com muita raiva de mim? Já te pedi desculpas mil vezes e pedirei muitas mais se for preciso, só quero que tu me perdoe. Não teve nada a ver, foi tudo horrível, foi só em ti que eu pensei o tempo todo... Só que eu estava com muito ódio de ti, só pensava em vingança. Mas agora que vi que sem ti minha vida não faz sentido, eu quero morrer se eu não puder te ter. Perdão, por eu só perceber o quanto tu era essencial quando te perdi, ainda mais por uma infantilidade. Prometo nunca mais te magoar.
Por favor, atende meus telefonemas, isso está me matando. Fala comigo...
Eu vou te amar até os últimos dias da minha vida.
precisava escrever essas palavras pra ti. Tu precisa saber como minha vida vem sendo difícil depois que tu partiu. Eu não aguento mais as noites que durmo sozinha. Sonho contigo vindo me acordar lá pelas oito e meia da manhã, pra me fazer uma surpresa. Quando acordo da ilusão, meu coração pega fogo, me fazendo gritar de dor por tu não estar comigo. Tu ainda está com muita raiva de mim? Já te pedi desculpas mil vezes e pedirei muitas mais se for preciso, só quero que tu me perdoe. Não teve nada a ver, foi tudo horrível, foi só em ti que eu pensei o tempo todo... Só que eu estava com muito ódio de ti, só pensava em vingança. Mas agora que vi que sem ti minha vida não faz sentido, eu quero morrer se eu não puder te ter. Perdão, por eu só perceber o quanto tu era essencial quando te perdi, ainda mais por uma infantilidade. Prometo nunca mais te magoar.
Por favor, atende meus telefonemas, isso está me matando. Fala comigo...
Eu vou te amar até os últimos dias da minha vida.
Um breve história de amor
Ele viera salvá-la das trevas em que se encontrava e com um gesto delicado a deixou passar livremente pela punição. Ali estava se concretizando o início de uma linda história de compreensão e companheirismo.
Nunca mais se falaram desde então. Até o dia que ela o viu vindo em sua direção no corredor e sem poder controlar seu corpo se jogou em cima dele envolvendo-o em um abraço sincero de saudade de algo que ainda estava por vir.
Ela o assustou, mas ele retribuiu aquele abraço estranho. Tanta intimidade com alguém desconhecido. Quando ela voltou a si, o soltou e se desculpando foi embora. Ela marcou sua existência na vida dele com uma situação constrangedora e confortável ao mesmo tempo.
Quando ela o viu entrando, não acreditou. Ele estava perfeito! E ele viera mesmo... Ele caminhou em sua direção sorrindo e disse:
- Sabe que eu estava com ela não é? - falou como se se conhecessem a anos.
- É? - ela fingiu que não os observava durante seu tempo livre.
- Eu terminei com ela, sabe por quem? - disse olhando profundamente em seus olhos
- Quem? - seu coração estava saindo pela boca, ele segurava sua mão e ela notou que ele tinha as mãos desproporcionais ao corpo, eram pequenas demais.
- Por ti. Eu ainda lembro daquele abraço no corredor. Foi tão impulsivo... Que pensei: "é, essa garota é especial".
A festa continuou e ele sempre ao lado dela... Puxou a cadeira para ela sentar e a observou enquanto comia. Ela estava muito nervosa, mas se concentrou em parecer confiante.
E enquanto ela dançava: "pirou minha cabeça e o coração, feito bola de sabão, me desmancho por você...", ele chegou mais perto e a beijou. Naquele momento nada mais existia no universo a não ser os dois naquele beijo de tirar o folêgo. Era o melhor beijo que ela já havia experimentado. Inacreditável, ELE, seu sonho de consumo, estava beijando-a! Ela resolveu aproveitar, pois sabia que não duraria além daquela noite de Cinderela.
Porém, na segunda-feira, ela fugiu dele, pois sabia que iria sofrer por ele nem dar bola para ela. Mas o inesperado aconteceu... Quando ele finalmente a encontrou depois de procurá-la a tarde inteira , disse que tinha amado ter ficado com ela e que não conseguia tirar o cheiro do perfume dela da cabeça e a beijou novamente. Ela achou que era uma piada.
Infelizmente, ela descobriu que era uma piada e disse a ele que não iriam mais ficar juntos, sem dizer que sabia que tudo não passava de uma farsa. Ele, sem entender nada, ficou muito triste. Tanto que ela desconfiou se era mesmo verdade o que tinham lhe dito.
Mas no dia seguinte, no final da tarde ele disse que precisavam conversar e que não iria aguentar ficar longe dela. Ela sabia que mesmo lindo, ele não era confiável. Depois de muita conversa decidiram esquecer de tudo e apenas serem felizes, juntos. Mas ela o avisou que no final daquela semana, tudo iria acabar, pois ela tinha casamento marcado com um cara que ela não conhecia. Ele concordou, mesmo magoado.
Na sexta-feira não se despediram. Encenaram para si próprios que seria eterno.
Já casada, ela não conseguia tirá-lo da cabeça. Ela sentia por ele algo que jamais havia sentido antes por ninguém.
Como estava muito infeliz, decidiu se divorciar e correr para os braços de seu amado. Porém, juntos, nada foi tão belo como imaginaram. Acabaram afastando-se novamente... Mas com isso a paixão voltou de uma forma estranha.
Estavam juntos, eles sabiam. Beijavam-se em seus esconderijos e trocavam segredos. Sem cobranças. Sem compromisso algum, pertenciam um ao outro. Não importava mais nada, quando tinham um ao outro.
Ele precisou partir. A matando-a de tristeza. Pensou que não conseguiria sobreviver sem ele todos os dias... Mas após as lágrimas, lhe veio um sorriso ao rosto, de lembrar o que viveram. Passou a viver com as lembranças sempre ao seu lado. Sentiu saudades, quis reencontrá-lo, mas no fundo sabia que não devia.
Ela sabe o porque ele veio parar em sua vida. Foi para salvá-la das trevas em que vivia. E mostrar-lhe qual o verdadeiro sentido do amor.
Um amor de vizinho
Foi quando eu me mudei para cá.
Eu e minha amiga queríamos falar com a vizinha. Mas demos a maior sorte, pois quem abriu a porta foi o filho dela! Lindo (mesmo com uma espinha em cada bochecha), loiro de olhos verdes. Me apaixonei à primeira vista, então começou a missão "conquistar o filho da vizinha". Mas aos onze anos eu nem tinha ideia como deveria fazer isso para funcionar, portanto fiz tudo ao contrário.
Deixava a janela do meu quarto bem aberta, que dava de frente para a janela do quarto dele, e ouvia Felipe Dylon no volume máximo. De preferência colocava o CD todo, porque para mim, pareciam que aquelas músicas eram feitas pra nós.
Ficava vigiando ele, na janela mexendo em alguma coisa no celular, entre as frestas da minha janela antes de dormir. Eu era uma espiã do amor. Acreditava firmemente nisso.
E quando eu passava por ele e os amigos na rua ficava tão nervosa que tropeçava, mas não olhava para eles de jeito nenhum, fugia dele o máximo que eu podia. Eu o amava tanto que passei a ver a foto dele na capa do CD ao invés do F.Dylon!
Louca de paixão!
Até que um dia ele foi jantar na minha casa com a mãe, então minha mãe querida, que já tinha sacado tudo, disse depois do jantar pra irmos pra casa dele pra sei lá o que, ou traduzindo, "vão brincar crianças". Queria me esconder daquela situação entre os tijolos da parede. Foi aí que ele disse:
- Gosta de video game?
- Pode ser... - tooosca.
Fomos pro quarto dele, aí eu comecei a imaginar ele me dando um beijo de cinema, dizendo que ficava de olho em mim toda noite antes de dormir e que sabia que eu também sentia o mesmo por ele e...
- Sabe jogar futebol?
- Eu aperto todos os botões ao mesmo tempo.
- Pode ser...
Ele me deu um dos controles e então ficamos jogando e ele impressionado com meus dribles e coisas difíceis que eu estava conseguindo fazer por estar apertando todos os botões ao mesmo tempo. Aí comecei a ficar mais calma e até falamos sobre o hamster dele.
Nossas mães vieram e a minha mandou eu ir pra casa. Fui com um aperto no coração.
Nunca mais nos falamos, até a festa de um amigo nosso em comum, anos depois. Ele mandou me chamar e perguntou se eu era aquela vizinha dele e eu disse sim...
Agora já era tarde, não o amava mais, nem ouvia Felipe Dylon.
Eu e minha amiga queríamos falar com a vizinha. Mas demos a maior sorte, pois quem abriu a porta foi o filho dela! Lindo (mesmo com uma espinha em cada bochecha), loiro de olhos verdes. Me apaixonei à primeira vista, então começou a missão "conquistar o filho da vizinha". Mas aos onze anos eu nem tinha ideia como deveria fazer isso para funcionar, portanto fiz tudo ao contrário.
Deixava a janela do meu quarto bem aberta, que dava de frente para a janela do quarto dele, e ouvia Felipe Dylon no volume máximo. De preferência colocava o CD todo, porque para mim, pareciam que aquelas músicas eram feitas pra nós.
Ficava vigiando ele, na janela mexendo em alguma coisa no celular, entre as frestas da minha janela antes de dormir. Eu era uma espiã do amor. Acreditava firmemente nisso.
E quando eu passava por ele e os amigos na rua ficava tão nervosa que tropeçava, mas não olhava para eles de jeito nenhum, fugia dele o máximo que eu podia. Eu o amava tanto que passei a ver a foto dele na capa do CD ao invés do F.Dylon!
Louca de paixão!
Até que um dia ele foi jantar na minha casa com a mãe, então minha mãe querida, que já tinha sacado tudo, disse depois do jantar pra irmos pra casa dele pra sei lá o que, ou traduzindo, "vão brincar crianças". Queria me esconder daquela situação entre os tijolos da parede. Foi aí que ele disse:
- Gosta de video game?
- Pode ser... - tooosca.
Fomos pro quarto dele, aí eu comecei a imaginar ele me dando um beijo de cinema, dizendo que ficava de olho em mim toda noite antes de dormir e que sabia que eu também sentia o mesmo por ele e...
- Sabe jogar futebol?
- Eu aperto todos os botões ao mesmo tempo.
- Pode ser...
Ele me deu um dos controles e então ficamos jogando e ele impressionado com meus dribles e coisas difíceis que eu estava conseguindo fazer por estar apertando todos os botões ao mesmo tempo. Aí comecei a ficar mais calma e até falamos sobre o hamster dele.
Nossas mães vieram e a minha mandou eu ir pra casa. Fui com um aperto no coração.
Nunca mais nos falamos, até a festa de um amigo nosso em comum, anos depois. Ele mandou me chamar e perguntou se eu era aquela vizinha dele e eu disse sim...
Agora já era tarde, não o amava mais, nem ouvia Felipe Dylon.
Assinar:
Postagens (Atom)